The Broken Hero - Parte V

Emille continuava com os chupões por todo o corpo de Selene, que gemia baixinho, e a cada gemido dela ele se excitava mais, e aumentava a intensidade do que estava fazendo.

- Emille...  - dizia ela baixinho enquanto ele a tocava.

Então Selene virou-se de frente para ele e começou a desabotoar a camisa do uniforme bem devagar, ao mesmo tempo em que ia beijando a pele que ia se mostrando. Cada beijo dela fazia sua pele se arrepiar, mesmo debaixo d'água, levando-o a suspirar longamente. Ela terminou de tirar a camisa de Emille, jogando-a em qualquer lugar, e continuou a beijar e lamber seu peito enquanto ele a segurava pelo cabelo, olhando-a.

Selene desceu até a cintura do soldado, onde deparou-se com o dito volume que fazia o tecido da calça dobrar nas laterais. Ela corou um pouco, mas foi abrindo os botões de sua calça enquanto continuava beijando a barriga do soldado. Ele gemeu baixinho quando Selene livrou-o daquela peça de roupa inútil, deixando-o apenas com a roupa debaixo, que ainda o incomodava.

A princesa precisou fazer um mergulho rápido para ajudá-lo a livrar-se também da roupa de baixo, e quando voltou à superfície deu de cara com o "volume" antes preso no tecido. Ela ficou vermelha ao vê-lo, mas tinha curiosidade também.

- Selly...! - gemeu Emille ao vê-la tão perto de seu membro. Então ela tomou coragem e segurou-o em suas mãos. Ele era firme e quente, e ela podia sentí-lo pulsar em sua mão.

- Você gosta quando eu seguro assim? - perguntou ela, olhando nos olhos de Emille, começando a tocá-lo de leve.

- G-gos...to... - respondeu ele em meio a um gemido.

Vendo que ele gostava deste movimento, a garota intensificou-o fazendo o soldado a sua frente ficar tenso e fechar um pouco os olhos entre gemidos que escapavam a cada estocada mais forte.

- P-por favor... - disse ele, munindo-se de coragem - M-me lam... Ahhh...!

Seu pedido foi interrompido por uma lambida que recebeu bem na ponta de seu membro, o que o fez gemer alto. Ela deu mais uma lambida, e outra, que foram seguidas por gemidos cada vez mais intensos. Quando não suportou mais a curiosidade, Selene por toda a ponta saliente dentro de sua boca e começou a chupá-la, passando a língua em toda região. Nesse instante Emille gritou de prazer, e puxou a garota contra si, segurando-lhe os cabelos nas mãos.

Mesmo sendo forçada sem aviso, ela não se importou muito, ao invés disso foi se sentindo estranha, e seu corpo começava a ficar quente. Então, de repente, ele a fez levantar-se e beijou-a intensamente, puxando o corpo dela contra si, fazendo com que seu membro esfregasse entre as coxas da garota, que começou a gemer cada vez mais durante o beijo.

Ambos continuaram a esfregar-se cada vez mais rápido e mais intensamente, enquanto mordiam-se nos labios e nos ombros um do outro para conter os gemidos mais altos que aquele prazer insistia em causar.

- Selly... eu vou... - disse Emille, cortando sua própria frase para morder o ombro de Selene e conter um grito de prazer enquanto gozava entre as pernas da garota. Ela mordeu o ombro dele ao mesmo tempo num gemido contido, gozando junto de Emille.

Ambos terminaram o ato com um beijo demorado e ofegante, para em seguida lavarem-se e vestirem suas roupas, já quase secas a essa hora.

- Eu preciso ir, Emille... - disse ela dando-lhe um beijo na boxexa. - Obrigada por tudo.

- Vá com cuidado, Selly, te vejo na sua despedida. - disse ele sorridente, dando um beijo na testa da garota, e voltando para seus aposentos enquanto ela seguiu para o castelo.

[Soudntrack: "Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me" - U2]

The Broken Hero - Parte IV

Selene estava bem à frente de Emille, correndo para o Lago o mais rápido que podia, não queria ver mais ninguém. Tirou seus sapatos e pôs-se em meio a água morna, afundando-se no lago e em seus pensamentos.

Estar em contado com a água daquele lago, e em meio a natureza, era uma das poucas coisas que a acalmava. Era onde ela podia expor seus sentimentos, e ser apenas parte do mundo, matéria. Mas quando isso acontecia, ela poderia fazer coisas que ninguém além dela e Albert sabiam.

Desde que ela criança, o Conselheiro ensinava-a coisas sobre magia, e pequenos feitiços que podiam vir a serem práticos eventualmente. Cada pessoa tem um tipo especial de magia, que funciona em situações diferentes, por razões diferentes. Albert viu que a magia de Selene era ligada aos sentimentos e ao contato com a natureza. Ela logo aprendeu a fazer flores crescerem mais rápido, a controlar um pouco do vento à sua volta, e mais algumas coisas simples, já que a verdadeira magia requer muita prática e experiencia, e além disso, cada um tem que aprender qual é seu gatilho. O maior sonho de Selene era aprender a voar controlando o ar à sua volta.

Agora, no Lago, ela apenas fechava os olhos e brincava com a água, controlando-a para fazer pequenos arcos no ar, perto de si, fazendo formas indefinidas à medida que ela movia suas mãos. Os formatos que a água adotava eram confusos como seus sentimentos. Ela pensou em Tess, e as "cordas" de água começaram a se mover mais rápidas e hostis que antes, tornando-se crespas em alguns trechos. Os arcos de água tambem começaram a ficar mais largos e espessos à medida que seus pensamentos fluíam sobre as coisas que tinham acabado de acontecer. Pensou então em Emille, em como ele tinha tentado protegê-la, e o movimento dos arcos acalmou-se.

- Selly? - chamou Emille, chegando ao Lado.

Selene se assustou e acordou se seus pensamentos abrindo os olhos, e neste instante os arcos de água espalharam-se em todas as direções, atingindo Emille, que levou um banho.

- Emille! - disse ela correndo até ele. - Desculpe!

- O que aconteceu exatamente? - disse ele confuso por estar completamente encharcado sem nem mesmo ter pisado no lago.

- É meio complicado de explicar... - disse ela. - Mas obrigada por me proteger... - terminou olhando nos olhos dele.

Emille então reparou que o vestido branco que ela usava havia ficado transparente por ela ter entrado no lago e corou um pouco. Os cabelos dela, normalmente meio presos com jóias, dessa vez estavam soltos, e caiam-lhe sobre os ombros de pele alva, agora mais aparente por causa da transparência do tecido. Suas formas também estavam mais definidas já que a água deixara o vestido pesado e justo, a água dos cabelos ainda escorria levemente sobre suas boxexas, indo pousar em sua boca avermelhada  de lábios delicados. Aquilo foi uma supresa para ele, já que nunca havia visto uma mulher "nua".

Aquela visão fez o soldado não conseguir resistir a beijá-la outra vez. Não conseguia simplesmente impedir-se mais de tocá-la mais intensamente, e puxá-la para si, aprofundando o beijo. Ela mais uma vez deixou-se levar pelos toques firmes de Emille em sua pele úmida. Ele apertava-a contra si, fazendo a roupa de ambos escorrer um pouco da água devido a pressão que um corpo fazia contra o outro.

De repente passou uma rajada de vento, fazendo ambos sentirem frio de leve, então, Selene, num impulso, afastou-se um pouco de Emille, puxando a mão dele, levando-o em direção ao Lago.

- O que está fazendo? - perguntou ele, com o gesto da garota.

- Levando você... para o Lago... para terminar nosso banho... - disse ela com um sorriso maroto nos lábios, resolvendo deixar-se levar pelo momento, decidindo aproveitar seu momento com Emille e tirar Tess de sua cabeça.

O rosto de Emille ficou completamente vermelho com aquilo, mas o mesmo tempo, decidiu apressar para o Lago, antes que ela notasse o volume que se formara em sua calça. Ambos eram virgens, porém tudo estava sendo absolutamente delicioso.

Selene entrou na frente, mergulhando no Lago, e mostrando-se apenas do nariz pra cima, olhando fixamente nos olhos do soldado. Ele entrou logo em seguida, de uniforme e tudo, para retomar aquele beijo intenso com a princesa. Os toques recomeçaram imediatamente sob a água, ela puxava-o contra si pela cintura, ele alcançara os seios dela.

- Emille... - disse ela num gemido quando os toques dele começaram a se direcionar pra baixo - Eu ainda não quero que façamos nada além disso, tá bom?

- Tudo bem, Selly - disse ele começando a beijar o pescoço dela, mas só de estar com ela no Lago, fazendo tudo aquilo, já era suficiente para ele.

Seu movimento seguinte foi tomar mais coragem e abaixar-se para então chupar os seios da princesa, ainda por cima do vestido, que ele foi tirando lentamente, e que acabou jogado numa pedra qualquer para secar ao Sol. Agora que o corpo dela estava livre de qualquer tecido, ele podia sentir-se livre para tocar nela com mais precisão e sentir como era o gosto dos seios dela em sua boca.

[Soundtrack: "Lugia's Song" - Pokemon 2000; "Let it Rock" - Lil' Wayne]

The Broken Hero - Parte III

Assim que Selene e Emille saíram da sala de esgrima e seguiram alguns metros adiante, ela puxou-o pelo braço.

- Emille, me desculpe, eu não sei o que deu em mim! - desculpou-se ela, ainda segurando a mão do amigo.

- Me desculpe também... - respondeu ele.

- Pelo quê? - perguntou ela confusa.

- Por isto...

Selene ia perguntar o que ele quis dizer, mas então ele, que era mais alto que ela, já havia se inclinado em direção a princesa. Emille a beijou, e então foi a vez de Selene arregalar os olhos em supresa. O beijo dele era calmo e gentil, e logo ele abraçou-a, protegendo-a e tomando-a para si. Selene não esperava tais atitudes, mas ainda assim foi levada pelo beijo do soldado, que durou uns bons minutos, sendo correspondido aos poucos por causa da timidez e da surpresa.

 

Porém o casal não ouviu quando Tess abriu a porta da sala de esgrima para ir atrás de Selene e gritar seu nome.

 

- Sel...! - começou ele, mas seu chamado foi cortado pela cena do beijo logo a frente de seus olhos, apenas a alguns metros de distância de onde estivera treinando esgrima.

 

O casal ainda não havia percebido a presença do outro quando o beijo terminou.

 

- Me desculpe, mas eu já queria fazer isso há algum tempo... - disse Emille sorrido.

A princesa abriu a boca para responder, mas então foi interrompida.

- SELENE! - disse Tess ofegando, agora mais perto do casal.

Os três se olharam por algum tempo sem dizer nada. Era quase possível sentir uma eletrecidade no ar, tamanha a tensão deles. Tess parecia furioso com aquilo, e Selene encolheu-se um pouco contra Emille, numa tentativa inconsciente de se proteger.

- Não chegue perto, Tess. Ela não quero te ver agora. - disse Emille.

Tess inflou o peito em ódio e apontou sua espada para o amigo.

- Já te cortei uma vez... Posso cortar mais uma! - disse ele com a voz num horrível tom de ódio descontrolado.

 - Não tenho medo de você. - respondeu Emille.

O diálogo com certeza continuaria, mas foi interrompido por um gemido baixo de Selene, que acabara de derramar uma lágrima. Ambos voltaram a sua atenção para a garota, porém, ela soltou o braço de Emille e começou a correr, a fugir dalí o mais rápido possível. Fugir de toda aquela mágoa que ela continha em si mesma.

- Você é um completo idiota, sabia disso? - disse Emille, e pôs-se a correr atrás da garota.

- Por quê?? - gritou Tess para o amigo que já se distanciava.

- Porque ela ama você, seu BABACA! - respondeu o amigo de longe, ainda correndo sem olhar pra trás, deixando Tess atônito no meio do corredor ainda com sua espada em punho.

 

 

[Soundtrack: "Bronken" - Sonata Arctica]

Selene na varanda do castelo

The Broken Hero - Parte II

Aquele dia tinha amanhecido um pouco mais frio que o de costume, e Selene encolheu-se a cama, mesmo já estando acordada.

- Selene, - disse o Major entrando no quatro sem bater (como sempre) - preciso que você vá para Falcon hoje à noite, precisamos firmar um contrato de paz, já que Falcon é uma das nações mais poderosas da região. Tenha tudo pronto até o final da tarde. Não se atrase.
- Sim, pai, ninguém vai tomar meu tempo hoje. - respondeu ela em tom neutro enquanto o Major saía.

Os olhos dela neste momento eram completamente vazios, combinando com o tom acinzentado que tinha seu quarto com pouca incidência de luz. Ela levantou-se e pôs um vestido qualquer para começar a arrumar as malas. Falcon era longe, eram alguns dias de cavalgada em sua carruagem.

Em certo ponto da tarde, tudo estava finalmente preparado para aquela viagem, então Selene ainda poderia ter a chance de procurar por Tess e ter a chance de se despedir antes de sua jornada. Ela procurou-o em todo o castelo, primeiro andando, e então, quando seu coração não podia mais se conter, correndo.

Finalmente conseguiu chegar até a sala de esgrima.

- Tess? - disse ela alto ao abrir a porta, pois todos estavam lutando, e ninguém ouviria se ela o chamasse num tom de voz normal. Mas ela não sabia que isto seria um grande erro.

Quando ela o chamou, todos imediatamente pararam a luta e fizeram reverência. Exceto Tess, que estava concentrado demais em sua luta com Emille. Emille parou. Tess não.

- Ahhhhhhhhhhhhh!! - disse Emille com as mão no rosto. Tess continuou a luta por mais um instante, e sua espada conseguiu fazer um longo corte na boxexa de Emille.
- EMILLE! - disse Selene correndo até ele - Guarda, chame um médico!
- Estou bem, Selly... Já levei piores... - disse ele com uma das mãos tampando o machucado.
- Eu! - ela hesitou por um instante - Eu sinto m...! - e então Tess puxou-a pelo braço.
- Viu o que me fez fazer? Não viu que eu estava OCUPADO? - perguntou ele com uma expressão de profunda raiva em seu rosto. - Será que sua necessidade de atenção é tanta que tem que me atrapalhar em tudo que faço!?

Talvez a raiva do garoto não tivesse previsto o tapa que levou naquele momento. Os outros soldados estavam atônitos, exceto Emille que ainda permanecia perto de ambos. A fala de Tess parou por um instante, mas voltou com ainda mais força.

- NÃO me humilhe na frente de meus homens! Eu sou o Capitão! - gritou ele fora de si, apontando sua espada para o nariz da garota.

Selene olhou para a ponta da espada e aquilo lhe deu raiva. Em apenas um movimento, ela conseguiu, ainda que desarmada, se desviar da espada e alcançar o pescoço de Tess com uma de suas mãos, apertando-o com força.

- Se eu fosse você... Retiraria tudo o que você disse... - disse ela numa voz sibilante, quase irreconhecível - Muita presunção sua falar comigo desta forma, soldado, sugiro que dá próxima vez dobre a língua e pense antes de falar...

Ele quase sufocou por um momento. Ambos estavam muito próximos, e Tess pode ver, pela primeira vez, o rosto de Selene retorcido num sorriso cheio de rancor e desejo de vingança. Tal sorriso era de certa forma tão terrível e incompatível com o ar normalmente tranquilo e doce da garota, que a espada fraquejou em suas mãos por um instante.

- E apropósito... - disse ela soltando-o e virando-se para Emille - E sou a Princesa, e eles... são meus homens! - terminou ela puxando o amigo pelo colarinho do uniforme para beijá-lo como nunca beijara ninguém antes.

Emille arregalou um pouco os olhos em surpresa ao beijo da garota, continuando silente quando este terminara. Todos se surpreenderam com a atitude da Princesa, mas Tess mostrava uma expressão diferente da dos outros. Era um misto de raiva, frustração, vergonha, e talvez, lá bem no fundo de seu coração, tristeza.

- Vamos para a Enfermaria, Emille - disse ela puxando o amigo pela mão livre, passando perto de Tess mais uma vez. - Não seja tão arrogante, soldado. Outros nobres o mandariam para a forca pelo que fez agora há pouco. Mas eu acho que sua cabeça seria uma decoração mais apropriada para meus aposentos do que para a Praça Central... - terminou ela olhando nos olhos do soldado à sua frente.

Os outros soldados não sabiam bem como agir, então continuaram apenas observando enquanto a Princesa proferia tais palavras com aquele sorriso cruel em seu rosto. Emille, cuja mão livre ainda era segurada pela princesa, estava claramente envergonhado com a situção e nada fazia a não ser tentar estancar um pouco o sangue de seu rosto com a outra mão.

- E QUE FIQUE CLARO! - continuou ela, dirigindo-se a todos - Se eu souber... que o que aconteceu nesta sala chegou aos ouvidos de qualquer pessoa que não seja uma das aqui presentes...

Ela não terminou a frase, mas tal ato não foi necessário já que todos os outros presentes, menos Tess, responderam em profundas reverências "Sim, Vossa Graça".



[Soundtrack: "Toxicity" - System of a Down]

The Broken Hero - Parte I

Após o Baile de Nomeação, Selene e Tess passaram a se ver com alguma frequência. Os primeiros beijos ainda foram meio tímidos, mas eles logo se acostumaram com isso. Encontravam-se todo o dia naquele belo Lago em que se conheceram de forma inusitada, riam e conversavam muitas vezes até o final da tarde, chegando até a esquecer do tempo e do resto do mundo...

De vez enquanto ele trazia rosas, o que era raro de se ver em Floratta, mas não pelas flores. Em Floratta o tempo era regido por eternas primaveras e outonos sem fim, e uma temperatura sempre quente, o que significava que era provavelmente impossível encontrar rosas na região. Mas ele encontrava. Ou talvez sua mãe fosse uma contrabandista de flores, pensou Selene rindo-se pela idéia de um comercio ilegal de algo tão supérfluo. (Mas, apesar de tal idéia de certo modo ser ridícula, não se poderia ignorar o fato de que existe comércio ilegal de ervas na maioria dos Estados.)

Tudo parecia às mil maravilhas, mas os começos sempre parecem. Ele a acompanhava em passeios, encontrava-a nos fundos do castelo, lhe fazia companhia no Lago... Às vezes a companhia se torna um vício. Para Selene era muito bom finalmente ter alguém para conversar, alguém que não fosse do castelo, alguém que pudesse conhecê-la como pessoa, e não como Princesa. Títulos, títulos! Tão irritantes de se lembrar! Ainda que Tess tenha demorado algum tempo para perder o hábito de chamá-la de Vossa Graça em momentos que não havia ninguém em volta.

Ele doce, é claro. E ela não queria nem pensar em quando amava aquele sorriso, o olhar meio tímido nos olhos dourados, ou a forma como seu cabelo ondulado pendia levemente sobre seu rosto ligeiramente delicado de pele perfeita. De vez em quando via-o escrevendo, anotando alguma idéia de um projeto novo, e ela gostava de reparar como suas mãos firmes seguravam delicadamente a pena bem na ponta, quase rente aos pergaminhos que o jovem lia logo em seguida por trás dos óculos que usava de vez em quando.

Mas então, de repente, as atividades militares aumentaram por conta das guerras em Estados vizinhos. Floratta deveria se proteger de igual maneira, mas ainda sim foi uma surpresa para Selene, já que o Estado possuía boas relações exteriores e alianças com outros reinados próximos. "A guerra está chegando", diziam as pessoas num ímpeto de paranóia. E os passeios com seu amado começaram a ser a cada semana, depois a cada quinzena, depois a cada mês... Até que os meses se transformaram em "de vez em quando", e depois, como era costume da população dizer, "uma vez a cada nevasca".

Tess quase não a procurava mais, restando tal trabalho para Selene. Ele costumava enviá-la cartas de boa noite através de seu falcão treinado, cartas estas que ficavam a cada dia mais esparsas e curtas. Nas agora raras vezes que se viam, ele sempre tinha o pensamento longe, e suas atitudes já não poderiam ser chamadas te atenciosas... Ele agora começara a desenvolver atitudes rudes, quase grosseiras, principalmente no exercício de seu mais novo taleno: dizer que estava atrasado.

Até que chegou o dia em que Selene teria que ir para Falcon.


[Soundtrack: "Dead Skin" - Crossfade]

The Broken Hero

Saxon - "Broken Heroes"

They came to fight for glory in their thousands

Young men with their dreams

They died before the guns for their country

A book of faded pictures, broken dreams

Where are they now

Where are they now

Where are they now

Where are they now

The broken heroes

Uncle Sam is waiting with the draft card

He says you've got to fight the Vietcong

The stations full of flags and rule Britannia

The engine pulls you out towards the Somme

Where are they now

Where are they now

Where are they now

Where are they now

The broken heroes

The broken heroes

The broken heroes

The broken heroes

Where are they now

Where are they now

Where are they now

The broken heroes

The pipes are calling young men back to Belfast

The general says you march to Stalingrad

You rode into the valley with the hundred

Seven lonely graves on Goose Green

Where are they now

Where are they now

Where are they now

Where are they now

The broken heroes

The broken heroes

The broken heroes

The broken heroes

Where are they now

Nomeação - Parte V (final)

"Foi como mergulhar", pensou ela. Este foi começo de tudo, o primeiro beijo de ambos, aquele momento especial em que tudo se encaixa, mesmo que nada faça sentido, mesmo que suas mãos tremam...

Ambos abriram os olhos e imediatamente mostraram um sorriso largo, ainda que um pouco envergonhados. Parecida que ninguém havia reparado no casal, já que não havia muitas pessoas perto daquela varanda.

- Tess... - disse ela tocando nos lábios com um sorriso agora ligeiramente mais discreto.
- Vossa Graça? - respondeu ele com o mesmo sorriso de minutos atrás. Era impossível não sorrir, ele não conseguia parar.
- Seu gosto é doce...

[Soundtrack: "Don't Jump" - Tokio Hotel]

Nomeação - Parte IV

Tess continuava puxando Selene em meio aos vários convidados da festa, enquanto ela tentava acompanhá-lo em seu vestido esvoaçante. Ela notou que ele ainda segurava sua mão e sorriu por um instante em meio a corrida. Logo eles se desviaram do salão principal indo pra a varanda de uma das torres do castelo.

- Chegamos! - disse ele tomando fôlego - Esta é nossa cidade! - respondeu ele apontando a vista.
- Eu sei, eu olho para ela todos os dias - disse ela sem entender.
- Eu sei que você olha, mas aposto que não sabe dizer onde fica minha casa daqui. Ou o Mercado, ou a praça onde todos se reúnem.

Selene então olhou para a vista e pensou que mesmo imaginando como seria a vida no reino e como seriam as pessoas que viviam naquelas casas, ela não sabia tanto assim em termos de localização aérea. O castelo era grande, de fato, mas de certa forma não deixava de ser uma espécie de bolha.

- Alí é minha casa - disse o jovem apontado para uma casa não muito longe dos portões do castelo. - É aquela com uma chaminé acesa e o telhado verde.

Ela inclinou-se pra ver. Não era a mais bela das casas, mas também não era ruim. A casinha tinha duas janelas visíveis, provavelmente uma da sala e outra do quarto, onde ele guardava suas outras fardas e roupas comuns. Era lá onde ele tomava café todas as manhãs e se vestia apressado para os treinos do exército, era lá onde ele dormia e sonhava com coisas que ele nunca dizia.

- Estou vendo - disse ela.

Então os jovens que ainda continuavam de mãos dadas olharam-se em meio às estrelas, a leve brisa de Floratta brincando com o cabelo de ambos.

- Vossa Graça... - disse ele então desviando o olhar para a vista.
- Olhe pra mim... - disse Selene chegando um pouco mais perto, e os dois jovens se olhavam outra vez, cada vez mais próximos um do outro.

Então ela fechou os olhos. E foi como mergulhar.


[Soundtrack: "Love and Tragedy" - Digital Summer]

Nomeação - Parte III

Passado algum tempo de comemoração, o Major começou a circular pelo grande salão onde todos dançavam, exceto um dos homenageados que ficara tranquilamente sentado a uma mesa, observando a festa tranquilamente.

- Jovem, - disse o Vice-Rei pousando sua mão no ombro de Tess - por que não vem comigo?
- Senhor! Sim, Senhor. - respondeu ele, em continência.

O mais velho abriu caminho entre os que dançavam, com o garoto logo atrás de si. As pessoas automaticamente afastavam-se fazendo reverência enquanto ambos chegavam até Selene e Emille, que também fizeram reverência.

- Emille, que tal deixá-lo dançar um pouco com a Princesa? - perguntou o Major com um sorriso leve, enquanto Tess corava até as orelhas.
- Claro, Senhor. - respondeu ele, afastando-se depois de uma última reverência.

Selene também corou um pouco e sorriu enquanto deu um passo mais próximo do jovem que olhava para os próprios pés.

- Quer dançar? - disse ela, enquanto seu pai retirou-se para continuar passeando entre os convidados.

Ele respondeu um leve "Uhum" com a cabeça enquanto posicionava-se para a próxima dança. Pos a mão direita, levemente trêmula nas costas da garota, e com a esquerda segurava sua mão com suavidade. Selene iniciou a dança com um passo a frente, como eram os passos do bolero que começava a tocar, mas Tess, esquecendo-se de que seus pés deveriam ir para trás, deu um passo a frente, e o nariz de ambos deu um encontrão.

- Desculpe, Vossa Graça! - disse ele sengurando-a mais firmemente sem perceber enquanto ela esfregava o nariz.
- Tudo bem - respondeu ela sorrindo. E então ele se deu conta.

Ele reparou o quanto ambos estavam próximos naquele momento, mesmo depois do encostão, seus narizes ainda encontravam-se a poucos centímetros um do outro. E suas bocas também... Tess viu como seus olhos eram ainda mais lindos vistos mais de perto, aquele verde intenso numa íris cheia de brilho e beleza, rodeados levemente por algumas agora visíveis sardas clarinhas. Esses detalhes ficavam mais belos combinando com seu cabelo levemente ruivo que se ajeitava preso em jóias no complicado penteado e permitia a alguns fios cobrirem-lhe a testa. E logo abaixo do nariz delicado, havia aquela boca rosada que ele quase beijara por acidente a poucos minutos atrás... Tais pensamentos o fizeram corar além do que parecia ser possível.

- E-eu s-sinto muito, Vossa Graça... - disse, ele, ainda segurando-a firmemente, sem notar. Inesperadamente, ela sorriu e pôs os braços em volta de seu pescoço.
- Não tem problema... - respondeu ela corando levemente.

Os dois ficaram alí por alguns instantes, sem ter muita certeza do que fazer, quando, de repente ela disse:

- Então, como é?
- C-como é o que? - perguntou ele.
- Viver na cidade - respondeu ela com seus grandes e brilhantes olhos curiosos.

Ele olhou pro lado e sorriu de leve. De repente se tornara óbvio que mesmo ela fazendo acordos com os Estados vizinhos, ela não tinha tanta liberdade em Floratta. Tess pensou em dizer o quanto a cidade era bela, mas depois passou pela sua cabeça que a beleza da cidade não superaria a beleza da própria princesa.

- Vem comigo! - disse ele puxando-a pela mão, correndo por entre os convidados.


[Soundtrack: "Million Faces" - Paolo Nutini]

Nomeação - Parte II

- Benvindos, honrados soldados da Guarda Real! - disse o Major, imponente no altar com Selene ao seu lado. - Este baile é oferecido pela Coroa para a nomeação de novos cargos militares! O primeiro a quem dou as honras que Capitão de Planejamento e Estratégia é Emille Dimitri Dwayne! Aproxime-se, meu jovem.

Todos então olharam para Emille, que tinha um sorriso enorme no rosto. Selene também estava feliz por seu melhor amigo receber honras militares, afinal era muito talentoso. Chegando no altar o Major deu-lhe uma medalha e nomeou-o com um um toque de sua espada no ombro do soldado que ajoelhara em reverência.

O gesto foi seguido por aplausos dos que estavam presentes no grande salão. O novo Capitão então se levantou, e Selene o recebeu com um abraço.

- Parabéns, Emille! - disse ela feliz pelo amigo.
- Obrigado, Selly - respondeu ele voltando para seu lugar no salão.

Tudo estava simplesmente lindo. Todos os soldados belos em suas posturas corretas, quepes endireitados no alto de suas cabeças e espadas alinhadas na cintura reverenciaram Emille quando este chegou em meio à sua roda de amigos.

- A honra seguinte é feita ao novo Capitão de Engenharia Bélica! Tess Edmond Julian! Aproxime-se.

O jovem caminhou por entre seus semelhantes até chegar próximo ao altar. Durante sua caminhada seu olhar cruzou com o da princesa e ambos coraram. Tess observou-a em seu belo vestido branco e fluído, cheio de pequenas jóias que enfeitavam toda sua vestimenta e pensou como ela estava linda naquele altar com toda sua pureza alva, e o rosto ainda mais belo e visível por causa dos cabelos presos cuidadosamente.

Apesar do olhar que dirigia à Selene, Tess era normalmente discreto, de modo que muito poucas pessoas perceberam tal gesto. Ela também retribuía o olhar docemente ao belo soldado que se aproximava de seu pai. Ele vestia aquele mesmo uniforme que Selene vira em um de seus passeios pela propriedade do castelo, e apesar de ninguém reparar neste detalhe específico, o jovem tremia levemente de ansiedade para receber as honras (e para estar perto da princesa mais uma vez).

- Eu o nomeio Capitão de Engenharia Bélica! - disse o rei pousando sua espada no ombro do jovem, e dando-lhe a medalha logo em seguida.
- É uma honra, Major - disse ele sorrindo levemente.

Tess então virou para Selene e ajoelhou-se pegando sua mão. Selene olhou para ele corando, ao que o Capitão beijou sua mão docemente e disse "Obrigado, princesa". Ela sorriu sem ter muita certeza do que fazer enquanto via-o afastar-se entre os outros soldados.

- A partir de agora dou início ao baile em honra aos novos Capitães da Guarda Real! - disse o Vice-Rei para que as festividades começassem.

A música logo começou a tocar e a maioria dos soldados puxou uma donzela para dançar. Já que Emille não estava num relacionamento e não se sentia particularmente confortável em dançar com uma desconhecida, foi até o altar convidar a princesa.

Selene achava que era sempre divertido dançar com Emille, principalmente porque, desta forma, ambos poderiam ficar conversando ao invés de ter que prestar cordialidades a desconhecidos.


[Soundtrack: "Lady Grinning Soul" - David Bowie]

Ilustração de "Começo do Fim" (por Israel Guedes)

"Começo do Fim" ilustrado a mão pelo meu colega desenhista Israel Guedes, pintado por mim no Photoshop :)

O Começo do Fim - Parte III

Selene olhava vagamente para a vista de cima de uma das árvores mais altas da propriedade, pensando se algum dia consertaria seu coração partido.

- Hey, Selly - disse Emille, seu bom amigo vindo fazer-lhe companhia depois de exercícios militares. O jovem tinha 25 anos e já fazia parte do planejamento estratégico de guerra, tinha um sorriso largo e branco no rosto de traços bem marcados que combinavam com a boca levemente carnuda. Era naturalmente alto, medindo 1,85, num corpo malhado e invejável pela maioria dos soldados, além de sua pele alva constrastando com belos cabelos negros curtos e espetados.
- Hey, Cloude - respondeu a garota vendo-o de cima. "Cloude" era seu apelido praticamente desde o momento em que começaram a amizade, devido à sua aparencia de poucos amigos. Ele também aniversariava no mesmo dia que Selene e ambos sempre tiveram uma grande sincronia e concordavam na maioria das coisas. Exceto uma.
- Como você está? - perguntou ele subindo na árvore também.

A garota mais uma vez olhou para o vazio distante, sem dizer nada. Emille se sentiu triste, já que era amigo de ambos os integrantes do casal que recentemente fora desfeito.

- Me magoa. - disse ela.
- O que? - perguntou ele de volta.
- A forma como ele foi me abandonando aos poucos. - respondeu ela olhando para baixo, balançando os pés. - A forma como ele mentiu pra mim.
- Sobre o que? - perguntou ele, curioso, já o amigo não era de mentir.

"Sobre tudo!" quis gritar ela se ainda tivesse força nos pulmões. Como se alguém pudesse (existir) respirar depois de chorar tanto.

- Ele mentiu quando disse que me amava. - disse ela esforçando-se para libertar as palavras de sua boca, como se fosse a primeira vez que as dissesse em voz alta, com medo de finalmente se convencer que sua conclusão era verdadeira.

Emille respirou fundo e olhou para o alto meneando com a cabeça enquanto a garota permanecia em seu olhar vazio.

- Ele não mentiu pra você. - disse ele calmo, reparando em como o sol fazia as folhas da árvore brilharem.

Isso tirou Selene de seu mar de pensamentos, para em seguida passar por sua cabeça todo o tipo de ofença que poderia fazer a Emille, por dizer algo como aquilo. Nenhuma palavra saiu de seus lábios, mas seus olhos mareados perguntavam de modo muito óbvio um "Como você sabe, Emille?".

- Ele anda triste também. - disse o jovem como quem em resposta ao pensamento-pergunta. - Ele anda mais... concentrado que o normal, até mesmo pra ele...

O comentário a fez derramar uma longa lágrima das saudades que tinha de quando tudo parecia mais belo, de quando ela ainda se sentia um pouquinho mais feliz em seus braços, que agora vinham na lembrança apenas como correntes frias que a prendiam dentro de si mesma antes e agora.

Lembrou-se de uma ocasião em especial, num dia algum tempo atrás em que ele, naturalmente, havia passado o dia todo ocupado, ignorando-a de todas as maneiras possíveis. Quando Tess finalmente tinha se dado ao trabalho de proporcionar alguma atenção à Selene, ela abraçou-o repentinamente e começou a chorar com o rosto escondido no ombro do outro. Na ocasião ela talvez não tivesse reparado ou se importado com o fato de que ainda haviam vários soldados indo para seus outros afazeres, passando próximos ao casal. Nesse instante Tess afastou Selene de seus braços.

- "Não quero que você chore nunca mais". - disse ele. Contando assim poderia parecer como algo bom, ou mesmo uma gentileza do jovem, mas prestando-se atenção, olhando-o olhos nos olhos como Selene fez, viu que ao dizer isso seu olhar era rígido e sua expressão dura como a de uma estátua.

Essa lembrança fez a garota abraçar-se ao braço direito de Emille e chorar o mais silenciosamente que podia.


[Soundtrack: "After the Love is Gone" from Earth, Wind and Fire]

Dellirium - Parte VI

"Você jamais pode morrer em seus sonhos... Se não nunca mais acordará", disse Sir Albert uma vez. Todos os seus pesadelos a perseguiam, o castelo desmoronava, e ela precisava correr. Selene desviou de ambos os monstros e correu para a porta principal, onde mais um surgiu.

- Você finalmente vai deixar o castelo?? VÁ EMBORAAAAA, NINGUÉEEEM TE QUER AQUIIII! - dessa vez era a Segunda Senhora. Sua voz era horrível, e ela tinha um olhar vago em direção à filha. Selene, ainda assim, correu em sua direção, sendo seguida pelos outros dois.

O monstro-mãe segurava os cantos da porta, bloqueando a passagem, mesmo que Selene ainda brandisse a espada em sua direção. O Rei e o Vice-Rei gritavam de modos horrendos atrás da garota, suas juntas fazendo estranhos rangidos como se fossem se partir a qualquer hora.

- SUAAA INÚTILLLL! - gritavam os três ao mesmo tempo, cercando a princesa, ao mesmo tempo em que tudo desmoronava. O piso do castelo se inclinou, o que Selene permitiu-se simplesmente se jogar ao chão, e deslizar por entre as pernas e garras do monstro-mãe, passando como um jato pela porta, e ganhando alguns arranhões dos pedaços de concreto que deslizavam consigo.

O chão, porém, se inclinou ainda mais, e os monstros logo deslizaram em seguida. A garota corria por sua vida enquanto a Torre estava apenas a alguns metros de bater no piso do jardim e matar a todos. Por sorte, a inclinação da Torre, permitiu-a escalar uma das paredes e sair pela janela mais próxima, podendo saltar o mais longe possível enquanto o concreto se destruía pelo impacto. Ganhou alguns arranhões pela queda e pelos restos de tijolos de pedra que ainda quicavam para todos os lados, parecendo finalmente sozinha...

Personagens e Detalhes

Caros leitores [?], me ocorreu que eu não caracterizei devidamente meus personagens porque, incialmente, essa história não seria divulgada [?]. Vou deixar algumas descrições e comentarios úteis [?] aos leitores, e amigos desenhistas que gostem dos meus contos ^^

*A ordem de leitura do meu conto principal, que chamo de "Physis" é:

- "Floratta"

- "Nomeação"
- "O Começo do Fim"

- "Doloroso Adeus"

- "A Ilha"

- "Dellirium"

(por enquanto ^^)

*Me inspiro em "El Hazard" (anime), "Piratas do Caribe" (filme), "Tenchi Muyo Series" (anime), biografias/histórias de Napoleão, e nos livros de Stephen King e H.P. Lovecraft.

*O mundo da história foi inspirado principalemente em El Hazard, Piratas do Caribe e a propriedade de Hogwarts. Algo assim http://download.ultradownloads.com.br/wallpaper/107305_Papel-de-Parede-Castelo-nas-Montanhas_1024x768.jpg ^^

*O lago fica a mais ou menos 20 minutos de caminhada do castelo, que fica no mesmo nível do resto da cidade (diferente de Hogwarts, que é sobre uma montanha). A propriedade tem muitas árvores e há caminhos de pedra para onde se quiera chegar.

*Tess e Selene tem aproximadamente a mesma altura.

*Os uniformes militares são baseados em "Piratas do Caribe", "Full Metal Alquimist", e nos uniformes de marinha francesa e inglesa no século XVIII, especialmente na época da Revolução Francesa.

*Selene, princesa de Floratta, tem por volta de 23 ou 24 anos, altura 1,70, cabelos castanho puxado pro ruivo levemente cacheados até o meio das costas, seios de médios a grandes [?], olhos verdes, nariz fino, pesa mais ou menos 60 kg e pele bem branca.

*Tess tem por volta de 25 anos, mais ou menos 1,70 de altura, cabelos pretos de cachos largos, longos o suficiente apenas para um pequeno rabo de cavalo, tem nariz fino, rosto delicado, pesa aproximandamente 65 kg e usa uniforme militar basicamente o tempo todo.

*Albert tem mais ou menos 80 anos, olhos bem azuis cabelo curto branco meio espetado, sem barba, pesa 85 kg, e usa roupas de aviador. Além disso, possui muito conhecimento em alquimia, magia e outras ciências.

*O Major (Vice-Rei) tem mais ou menos 50 anos, cabelo preto levemente grisalho, nariz reto, olhar rigido, tem 1,80 de altura, pesa 80 kg, e esta sempre de uniforme militar.

*O Rei é mais ou menos parecido com o Rei Robert do Game of Thrones, só que com uma barba mais curta, um pouco abaixo do queixo, pesa mais ou menos 100 kg, tem 1,80 de altura, tem uns 70 anos, cabelo castanho claro grisalho, e usa uma roupa como uma mistura de uniforme militar e vestes de rei, além da coroa.

*Meus "monstros" são baseados nos mortos-vivos de "O Cemitério" e "Irmazinhas de Eluria", ambos do Stephen King. Têm um comportamento proximo dos zumbis, mas na verdade eles são uma representação psicologica da Physis agindo no corpo, testando seu hospedeiro, avaliando se por toda sua experiencia, carater, coragem e espirito, a pessoa é feita para ser um verdadeiro rei.

*Lucius é Rei de um Estado vizinho (Falcon) que quer se tornar imortal, e fazer um grande imperio pra si, é um entusiasta da magia negra, e usa todos os metodos pra conseguir o que quer, estuda magia com intenção de dominação territorial e é movido por sua ambição. O foco de personalidade dele é militar, embora ele tenha interesse em magia para ter dominação de um imperio. Tem 28 anos, 1,75 de altura, sorriso torto sempre irônico ou de superioridade, e aparência geral de ser mal-carater. Tem cabelo curto preto, e olhos acinzentados. (mistura de napoleão + lex luthor + professor Moriaty xDD).

*Marcus tem a aparência e personalidade próximas do Lestat (Rainha dos Condenados), porém de cabelo curto, medindo 1,75 de altura, com 65 kg de peso, tem um belo sorriso e ar jovial e misterioso. Se veste com roupas de século 17/18, é cuidadoso e tem espirito de liderança.

*O Israel do grupo "Ilustradores" começou a fazer alguma ilustração dos meus contos ^^

*Estou muito grata a todos os leitores do blog e eu espero voltar a escrever em breve :)

Dellirium - Parte V

Selene passou algum tempo inconsciente sobre aquele pequeno altar, até que em algum momento, deu-se conta de si mesma. Era estranho, ela estava consciente, mas não podia se mexer, ou abrir os olhos (tudo era escuridão), ou mesmo falar... Queria pedir socorro, queria gritar, queria morrer...

E sua consciência apagou mais uma vez.

Ela não sabia quanto tempo havia se passado desde seu lapso de consciência, mas dessa vez sua situação havia mudado um pouco. Continuava em meio às sombras, num espaço escuro, e aparentemente vazio. Desta vez encontrava-se de pé, sentia as dimensões de seu corpo e podia se mexer. Podia andar.

Deu um passo. Nada. Outro. Nada. Não havia som de passadas, era somente um vasto silêncio, que talvez nem um grito pudesse quebrar. Pensou em falar, quem sabe chamar por alguém, mas quem estaria alí? Naquele lugar estranho?

A escuridão, de repente, começou a formar um ponto de luminosidade, que começava a brilhar mais e mais até consumir completamente a escuridão, forçando Selene a cobrir os olhos. Ao abrí-los de novo, notou que estava no castelo de Floratta, numa das torres. Mas não em qualquer torre.

Olhou em volta, fazendo uma volta em si mesma. Não havia ninguém lá... Porém, de repente, ouviu algo vindo do parapeito.

- Olá... - dizia o Rei com a voz horripilante de alguém que voltara dos mortos. Ele estava morto, é claro, mas sua aparição não era como a de um fantasma. O avô de Selene, ereto e armado de sua espada, permanecia parado e perfeitamente real, um ser consistente através do qual nada se via, já que não possuía a natureza transparente dos espíritos. - Como é me deixar morrer?

A garota engoliu seco, também pegando sua espada. Que mundo estranho era aquele?

- Como você pôde me deixar morrer?? - disse ele urrando na voz grossa de um monstro - Como pôde matar o rei?? Eu sou seu avôooooooo!

O monstro gritou as palavras de forma débil, tentando com toda a sua força, cortar Selene com sua espada. A garota se defendeu prontamente, mas se afastou em seguida.

- Mas vovô! Não fui eu! Não fui... - e ela se desviou de outra tentativa do morto de decepar-lhe a cabeça.

- FOI VOCÊEEE! AINDA SE CONSIDERA UMA CARTER?? Johnnathan Carter teria VERGONHA DE VOCÊEEE! - gritou a coisa, segurando a espada desajeitadamente.

Aquilo feriu o ego de Selene. Johnnathan Bay Carter era o fundador de Floratta, e primeiro rei de sua linhagem. E era ela quem herdaria isso, era ela quem tomaria as decisões do Estado... Mas, é claro, ninguém acreditava realmente nela. Passou a vida sendo chamada de incapaz, mesmo com todo o seu esforço de entender como as coisas funcionam no reino...

Isso sempre repetia-se em sua mente: ninguém acreditava nela. Nem mesmo o seu avô, morto por uma Cópia sua... Nem o Rei, ou mesmo o Vice-Rei acreditavam em magia. Quanto mais que coisas como Cópias, poderiam sequer existir... E, mesmo em luta, esse pensamento dominou sua mente.

- MENTIROSAAAA! - avançou a criatura para mais um ataque, ao que Selene não conseguiu desviar, e recebeu um longo corte no braço esquerdo. - Nunca vai ter meu reinooooooo!

As palavras dele ecoavam em sua mente mais profundas do que a dor em seu braço. Aquilo não era verdade, não fora ela a assassina. Porém, no momento de seu raciocínio, outro oponente surgiu.

- VOCÊEEE! ACHA MESMO QUE AINDA TE CONSIDERO MINHA FILHA???? - disse o outro monstro. Seu sangue gelou. Era o Vice-Rei que quase conseguiu antingí-la no ombro direito com sua respectiva espada.

Aquilo tudo a feria por dentro, era seu pior pesadelo transformando-se em realidade: ser abandonada pela família, sem qualquer credibilidade ou direito de opinião... E nesse mesmo pensamento, foi atingida na cintura pela espada do Vice-Rei.

Aquela parecia uma dor infinita, como se, apesar de atingirem seu corpo, seu coração doesse mais do que tudo...

- SUA INÚTILLL - disse o Rei, em sua voz estranha. - ESTÚUUUUPIDAAAAA! - continuou ele, fazendo coro com o Vice-Rei.

As vozes dos monstros agora se uniam, enquanto eles, com seus corpos parcialmente apodrecidos, brandiam suas espadas para Selene.

- Por que você não MORREEEEE?? - disse o Vice-Rei em outro golpe que atingiu-a na lateral do peito. - NINGUÉM VAI SENTIR SUA FALTAA!

Mas justamente esse gesto, fez a garota se lembrar de como ela a perseguira, juntamente com seus soldados, antes companheiros de Selene, a humilharam e machucaram. Aquilo lhe deu força, e ela partiu sobre eles, segurando sua espada no alto, e gritando toda a raiva de seu pulmão.

Nesse instante todo o castelo pareceu tremer, como se fosse desmoronar. Ela partiu primeiro para o Vice-Rei, na intenção de cortar-lhe a cabeça, mas este segurou seu braço a ponto que quase torcê-lo. As criaturas eram muito fortes, apesar se sua aparência apodrecida. A coisa jogou a princesa alguns metros adiante, muito perto de onde encontrava-se seu avô, pronto para aplicar-lhe a espada-guilhotina.

Com o chão ainda tremendo, ela levantou-se num pulo, desviando por pouco da espada que cortou parte de seu cabelo, onde antes encontrava-se sua cabeça. Foi sorte o cabelo não ter ficado preso entre os pés do Rei, do contrário ela estaria morta...


[Soundtrack: "Forsaken" - Dream Theater]

Dellirium - Parte IV

Todos observavam Selene em silêncio, atentamente, como se ela fosse algum experimento de Química prestes a reagir - coisa que não era bem mentira. Ela convulsionou por um instante, ao que Albert adiantou-se para tentar socorrê-la, sendo impedido prontamente por Voltaire que segurou o velho pelo braço.

- O processo não deve ser interrompido, ou elas a machucarão... - disse Voltaire com sombras nos olhos.
- Elas? - perguntou o velho.
- Várias "elas", de uma "ela" só...
- O que quer dizer...?
- Physis... Ela é o que rege todo o universo, todas as pessoas, e ela é quem decide quem são aqueles destinados à glória... O fundo eterno, perene, imortal e imperecível de onde tudo brota e para onde tudo retorna... Porém - fez uma pausa - para que tais escolhidos sejam permitidos a um destino de glórias e guerras, é preciso antes que este sobreviva a ele mesmo...

Albert fez uma pausa tentando conectar o que ouvia ao que já lera, e por fim, ao que, no fundo de seu âmago, acreditava ser possível.

- E como, supostamente, ela deve sobreviver a ela mesma? - perguntou ele.

Voltaire suspirou profundamente, observando a jovem tripulante. Sua convulsão havia se interrompido, e agora seu corpo estava imóvel, quase morto.

- Os seres humanos têm uma natureza difícil, e eles sempre viverão em sociedade... Personalidades e interesses se chocam, problemas começam... Tudo e todos estão relacionados entre si, desta forma, tudo o que se faz ou deixa de fazer tem efeito para os outros... Mas principalmente para nós mesmos. Tudo depende de como a pessoa lida com sua natureza de espírito, a até onde defendemos nossas almas e nossos sentimentos...

Exatamente nesse instante, o peito de Selene parou de se mover.

- Selene! - disse Albert correndo para perto dela, apesar da insistência de Voltarie segurá-lo. - Selene!
- Não se preocupe tanto... Ela já sobreviveu à Physis... Isso significa que ela tem uma chance... - disse Marcus com seus olhos famintos e avermelhados.

Albert olhou para o outro atordoado. Então este seria o processo da Physis? Do qual pouquíssimas pessoas participaram, e do qual também não existia nenhum registro escrito....

- Physis - terminou Voltaire - é o maior segredo do universo...

[Soundtrack: "Within Me" - Lacuna Coil]