Entre as cobertas, ela acordava envolta do cheiro da pele de seu príncipe. Pensou que poetas e músicos poderiam fazer odes sobre a maciez de sua pele, ou sobre seu sorriso doce. Mas nada seria tão digno quanto a maneira melódica como ele suspirava quando estavam juntos. Ela puxou o cobertor para mais perto de si e respirou fundo. Doce. Doce como ele. As toalhas de rosto e de banho também tinham o cheiro dele. Era gostoso de sentir porque dava a sensação de que, de alguma forma, ele estava por perto e poderia entrar no quarto a qualquer momento.
Andando pela casa ela reparou que tudo parecia diferente apesar de igual. A presença dele estava na casa, tudo parecia ter o toque dele, e, pela primeira vez, a casa não parecia mais dela. Parecia deles. Tudo estava tão estranhamente familiar que ela teve a impressão de que eles sempre estiveram juntos alí - e que ele acabaria voltando para casa, de onde quer que ele tivesse ido. Ela não só queria que ele voltasse, mas que ele tivesse ficado. Lermbrou-se do dia anterior, de como ele cuidou dela e ficou fazendo carinho no seu cabelo. Foi tão bom, poder ficar deitada no peito dele daquele jeito. Era quente, confortável e seguro. Ele foi tão carinhoso com ela, e aquele carinho no cabelo... tinha sido tão especial...
Sempre que se viam, ela se sentia muito feliz de ver como ele pensava nela e cuidava dela. Só ele cuidava dela assim, abraçava quando ela precisava, dava carinho e amor. De vez em quando ele lhe beijava os joelhos, ela gostava porque era um jeito de dar carinho. Sabia que ele estaria sempre com ela. E ela sabia que faria qualquer coisa por ele - morreria, se precisasse. Ele era especial, importante pra ela, independente de qualquer coisa. Ela pensava que queria cuidar dele da melhor maneira possível, dar o mesmo carinho que ele dava. Ela o amava demais, se precupava muito com ele, e queria que ele se sentisse bem com ela como ela se sentia bem com ele. Era impossível impedir-se de amá-lo daquele jeito, e ela só precisava do amor dele em retorno. Precisava dele amando-a. Precisava dele e pronto - porque ele a fazia feliz.
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