Um dia, um lobo se infiltrou num grupo de adoráveis coelhinhos, fingindo ser um deles. Á noite, quando todos dormiam, o lobo revelava sua verdadeira forma. Dia após dia, um por um, o lobo foi matando e comendo os coelhinhos.Os coelhos, sem saber quem era o verdadeiro lobo, fizeram uma reunião. Então, o tribunal decidiu que iriam escolher um entre eles, que eles acreditavam ser o lobo e o matariam.Se eles escolhem certo, os coelhos venceriam. Se eles errassem, todos os coelhos seriam assassinados e comidos pelo lobo. E o jogo começa... quem é o lobo? Baseado nessa história, um misterioso "Lobo" resolveu reunir diversos "Coelhinhos" num verdadeiro banquete. Uma festa... Apenas o começo para um verdadeiro massacre. Agora os convidados só têm uma escolha: encontrar o verdadeiro lobo ou virar sua refeição.
Essa é a idéia de um jogo de adivinhação pelo celular, Rabbit Doubt. Um grupo de amigos resolve se conhecer pessoalmente, mas se vêem presos numa versão real e aterrorizante do jogo, onde cada um pode ser o assassino.
Comecei a ler esse mangá hoje, umas quatro da tarde. Li 16 capítulos nas quatro horas seguintes, simplesmente não consegui parar. Tenho amigos que não gostam do gênero terror/pscicológico por acreditar que todos os finais são parecidos, mas principalmente previsíveis, e eles têm razão em boa parte. Mas curiosamente, esse mangá, aparentemente "bobinho" de início é uma caso que foge da regra com excelente maestria. Um prédio lacrado. Um grupo de amigos. E um assassino. e prendeu da primeira até a última folha, e certamente os outros leitores, assim como eu, esperam ansiosamente pelos capítulos seguintes.
Depois de ler várias e várias páginas em leitura oriental (da direita para esquerda - difícil de imaginar para quem não é acostumado ^^'''), acabamos pensando nas pessoas à nossa volta. Os próprios amigos. Quais são realmente confiáveis? Terá um lobo entre nós? E talvez, e principalmente, seriamos nós mesmos o lobo? Sim, nós somos. Estamos disfarçados de coelhos quase o tempo todo. O brilhante enredo de Rabbit Doubt nos leva a perguntar: quando somos nós mesmos? Quando dizemos a verdade? Estamos sempre mentido para todos?
Numa época muito feliz da minha vida em que ainda tinha tempo, fiz alguns estudos sobre personalidade, e certas conclusões de pscicólogos foram particularmente interessantes. Algumas pesquisas mostram que "o indivíduo não pode revelar-se diretamente, seja porque se recusa a isso, seja porque não conseguiria fazê-lo", e também, contraditóriamente, "o aspecto que o indivíduo decide revelar não é menos característico de sua pessoa do que os outros, hipotéticamente guardados. Ás vezes, a apresentação de um disfarce é a oportunidade para revelar-se". A conclusão é que curiosamente, o tempo inteiro, fingimos ser nós mesmos.
Um comentário:
Interessante,massa que nao vida dagent cstuma ser assim também
Pessoas que te ferram a todo tempo,se passando por amigos!
Interessante essa história.
Parabéns pelo blog,muito bom mesmo.Limpo e bem escrito!
www.olhojunto.blogspot.com
Postar um comentário